terça-feira, 18 de agosto de 2009

A carência como vítima

Notícia fresquinha: o médico Roger Adelmasshi, especialista em reprodução humana, foi preso em São Paulo acusado de assédio sexual e estupro. Segundo informações, o número de vítimas passa de 50 mulheres.


Aí eu pergunto: que tipo de ser é esse que abusa de mulheres num dos momentos mais delicados de suas vidas. São mulheres, casais, querendo construir uma família. Mulheres pagando muito dinheiro para realizar o sonho de ser mãe. Homens desejando mais que tudo ser pai.


Uma das vítimas conta que pagou cerca de R$ 200 mil. Outra conta que foi estuprada na mesa onde havia acabado de sofrer o procedimento de retirada de óvulos. Outras disseram que o ato não chegou a ser consumado, mas ele as beijou, as colocou contra uma estante no seu consultório.


E aí? O homem que sente tanto orgulho em ter “produzido” tantas vidas queria mesmo se sentir o pai das crianças. Para isso, fazia questão de efetivamente participar. É assim, esse tipo de gente passa a brincar de Deus, pai e todo poderoso.


Não dá pra entender. Parei e pensei: será que esse médico não está cheio de filhos espalhados por aí? Será que ele faz a reprodução em laboratório mesmo, ou ele faz pelos modos tradicionais? E as vítimas talvez nem saibam porque ele se aproveitava do efeito de anestésicos para saciar suas fantasias.


Enfim, é meio bizarro isso. E o cara ainda diz que as acusações são mentirosas. Que essas pacientes estavam sob efeitos alucinógenos da anestesia. Boa desculpa.


Mas é isso. Agora eu quero esperar prá ver quanto tempo esse crápula vai ficar na cadeia e quando ele vai voltar para a clínica. Espero que nunca mais para as duas opções.

3 comentários:

Tathy disse...

É isso msmo...tô só me imaginando nessa situação..eu matava um cara desse.

Élida disse...

um sobrinho meu foi fruto de uma inseminação...imagino o sofrimento dessas mães. É um absurdo.

ADAUTON disse...

É,infelismente moramos em um país que tem muitas leis mas que não é regido por elas. Se o Brasil fosse um país mais severo com suas leis, um vagabundo desse ía pra forca.